quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A descoberta do mundo

Foto: Rosana Lima

Amigos São Como Músicas
"Amigos são como músicas você já percebeu? "Eles entram na vida da gente e deixam sinais. Como a sonoridade do vento ao final da tarde. Como os ataques de guitarras e metais presentes emcada clarão da manhã. Amigo é a pessoa que está ao seu lado e você vaidescobrir, olhando no disco do olhar. Procure escutar: Amigos foram compostos para serem ouvidos, sentidos, compreendidos, interpretados. Para tocarem nossas vidas com a mesma força do instante em que foram criadas, para tocarem suas próprias vidas com toda essa magia de serem músicas. E de poderem alçar todos os vôos, de poderem cumprir todas as notas, de poderem cumprir, afinal, o sentido que a eles foi dado pelo compositor. Amigos são pessoas como VOCÊ. Amigo têm que fazer sucesso...Mesmo que não estejam nas paradas; Mesmo que não toquem no rádio...
Autor desconecido....

Alanis Morrissete no Brasil

Foto: Alex/ site uol

Hoje resolvi falar sobre a minha minha cantora preferida Alanis Morrissete - conheca a sua história. Sei que ela não precisa de publicidade, pois já é um sucesso no mundo todo, mas fã é sempre fã.
Rosana Lima
Frases
"Minhas canções sempre me inspiram a ser mais corajosa e autêntica no meu cotidiano já que o processo de compor me conduz à clareza e coragem fora deste processo artístico".
"Estou me cutucando para conseguir uma versão mais incondicional do que o amor pode parecer."
"Me permito, neste momento de entendimento e compaixão, oferecer-me mais completamente aos outros."
"Entendi que sem uma evidência de tipos ou uma visão do que estou lutando para conseguir - seja em um nível pessoal, global ou social - fico de certa forma desnorteada e meus relacionamentos refletem isso."
"O processo de definir o que eu gostaria cria esta possibilidade, baseado em quão poderosos podem ser nossos pensamentos e intenções. É claro que uma vez que tenho esta evidência, eu a jogo fora, deixo ir e vejo o que a vida tem para me oferecer de volta".
"Sempre acreditei que o pessoal é o político, o global, o social... já que as conseqüências que sustentam o que pode ser visto como uma relação microcósmica (isto é, entre duas pessoas) são os mesmos tipos de conflitos e conseqüências que sustentam as guerras mundiais e perturbações sociais que vemos em nosso planeta. Enquanto penso que grandes mudanças possam ser feitas em níveis globais através de esforços coletivos, também acho que devemos nos esforçar para o entendimento e a resolução de conflitos em nossos relacionamentos mais imediatos para que estes passos sejam os maiores e mais centrados para compreendermos o resto do mundo".
"Quando sinto que um disco reflete um determinado período da minha vida, na forma de um petardo musical, o considero um sucesso e me sinto em paz, pronta para dividi-lo com quem quer que escolha ouvi-lo".
"Engraçado, quando eu fui morar em Los Angeles, em 1991, o Serviço de Imigração dos EUA me classificou como 'uma estrangeira com talentos especiais'.'"
"Para ser honesta, eu não chego a pensar que vendo milhões de discos, que faço tanto sucesso... Eu sou uma pessoa normal! Aliás, o que eu escrevo é muito pessoal, passa as emoções que eu vivi e, exatamente por serem experiências comuns, é que acho que as pessoas se identificam com as letras. Sou como a garota que vai ao meu show, tenho os mesmos sentimentos que ela."
"Me divirto muito fazendo reuniões na minha casa. Sabe, ficar conversando até as cinco da manhã..."
"Quando eu era mais nova, minhas principais influências eram os anos 80 e acabei aderindo àquele brilho todo. Mas... Pô, eu era uma criança!!! De qualquer forma, acho que não teria sido capaz de escrever as músicas de "Jagged Little Pill", se não tivesse começado a compor tão cedo."
"Lá (na Índia) as pessoas não me conhecem e posso ficar à vontade, sem ser vista como uma pessoa pública. Quero botar uma mochila nas costas e sair sem destino."
"Se ser hippie é ter a cabeça aberta, vestir roupas confortáveis e não se render aos padrões da sociedade... Sim, eu sou hippie".
"Quando era mais jovem, deixava que o foco ficasse um pouco mais direcionado para a minha imagem. Hoje mudei muito... Como compositora, eu me mostro muito mais escrevendo do que usando saias curtas."
"As pessoas daqui falam olhando no olho da gente." (Alanis contando porque gostou do Brasil).

Conheça todos os detalhes da histótia de Alanis Morissette.

Alanis Nadine Morissette nasceu no dia 1º de Junho de 1974, em Ottawa, Canadá. Filha de Alan – um professor de origem francesa – e Geórgia Morissette – de origem húngara e também professora –, ela tem dois irmãos: Chad, três anos mais velho e Wade, gêmeo, 12 minutos mais velho, com quem Alanis diz ter uma conexão especial. “Meus pais são pessoas que pensam muito sobre as coisas. Eles podem não ter sido muito bons em lidar com conflitos algumas vezes, mas sempre foram de pensar, sentir e se expressar muito bem. São pessoas doces, atenciosas e envolventes. Sei que fui diretamente influenciada por eles”, avalia. Em 1977, Alanis se mudou para a Alemanha, onde seus pais serviram como professores em uma base militar por três anos. Apesar de ser muito nova na época, ela lembra de ter viajado bastante para conhecer a Europa. Um filme que marcou sua infância foi Grease - nos tempos da brilhantina, e segundo seu pai, ela o assistiu inúmeras vezes e ficava fascinada com a atriz Olívia Newton John. Foi, então, que começou a se interessar pela música. Fez aulas de piano e dança aos 6 anos. Essa maneira de se expressar através da música, a partir daí, começou a acompanhar Alanis, e alguns anos depois ela já compunha suas próprias canções. Sempre muito exigente consigo mesma, desde pequena buscava a perfeição em tudo que fazia. A determinação chamou atenção dos familiares e amigos, que começaram a incentivar e apoiar uma possível carreira artística. Foi assim que aos 9 anos ela passou a fazer parte do elenco do programa You Can't Do That on Television, do canal Nickelodeon. Com o dinheiro ganho no programa, ela gravou seu primeiro single, com as músicas Fate Stay With Me (baixar - salvar destino como) e Find The Right Man (baixar - salvar destino como). Foi aos 12 anos que começou a batalhar sua carreira como cantora. Passou a fazer trabalhos regulares, cantando o hino do Canadá em eventos esportivos, festas, e participando de concursos. Em desses eventos, o destino começou a sorrir para Alanis. Durante o Ottawa's Annual Tulip Festival, Stephen Klov, que procurava por novos talentos, viu a apresentação da garota e impressionado com seu carisma, decidiu promovê-la. Colocou-a em contato com a MCA Records (Canadá), onde gravou seu primeiro disco, em parceria com Leslie Howe, intitulado Alanis. O álbum é repleto de batidas pop e dance, e apesar de ter sido lançado em 1991, tem a marca da geração dos anos 80. O sucesso chegou rápido, assim como as indicações para o Juno Awards (Grammy Canadense), e naquele ano ela levou o troféu de artista feminina mais promissora. O segundo álbum, Now Is The Time, foi lançado em 1992, mas a hora não era mesmo aquela, a explosão da cantora já havia passado e desta vez as vendas não foram tão boas – apesar das músicas já mostrarem um certo amadurecimento com relação ao primeiro álbum. Com menos de 20 anos, ela conheceu o sucesso, as pressões, a desilusão e o fracasso que a fama pode proporcionar. Alanis estava em crise e teria que decidir entre ingressar em uma universidade e esquecer de uma vez por todas a vida artística, ou mergulhar de vez nessa carreira, independente das conseqüências. Optou pela segunda alternativa, e passou por tempos difíceis. Mudou-se para Toronto, onde morou por 2 anos. Tentou trabalhar com inúmeros produtores, entretanto ela sabia que não queria mais fazer o mesmo estilo de música, estava cansada de se sentir presa, sem dizer exatamente o que pensava, escondendo seus sentimentos negativos e aparentando ser sempre uma garota perfeita. Estava sem dinheiro e sabia que deveria recomeçar, mas não sabia por onde. Decidiu-se por Los Angeles e em 1994 entrou nos EUA com um visto de artista com talentos especiais. Conheceu Scott Welch, que passou a ser seu empresário, e foi morar em um apartamento muito pequeno. Estava sozinha em um lugar desconhecido e assim poderia finalmente se encontrar. Foi apresentada a Glen Ballard e percebeu que enfim tinha encontrado um parceiro musical ideal. Segundo Alanis, eles compunham de maneira praticamente automática e a ligação criativa que possuíam resultou em uma música logo no primeiro encontro. As semanas seguintes foram passadas dentro de um estúdio, em atividade constante. Música e letra eram compostas simultaneamente por ambos e Alanis abriu uma porta para sua alma, percebendo que todos os sentimentos negativos escondidos atrás do muro que ela havia criado viriam à tona. As letras eram muito autobiográficas e ela só se deu conta do problema que estava criando no avião, em dezembro de 1994, quando voltou para casa para as festas de fim de ano e teve um descontrole emocional durante o vôo. Teria que encarar seus amigos e sua família e contar que talvez eles tivessem algum problema em aceitar suas novas músicas que falavam abertamente de sua sexualidade, relacionamentos, religião e da pressão que sentia. Ela não era mais a garota aparentemente feliz e expansiva que eles tinham conhecido. O peso que saia de suas costas recaia sobre os que a amavam. O lançamento de Jagged Little Pill, pela Maverick Records, em Junho de 1995, foi avassalador. Em algumas semanas o álbum já havia estourado e You Oughta Know (assistir - youtube) se tornou um hino feminino. As 30 milhões de cópias vendidas transformaram Alanis na número 1, colocaram seu nome no Guinness Book, na Bilboard por 113 semanas, e em inúmeras premiações. Seu disco rendeu oito indicações ao Grammy, conquistando quatro (melhor performance feminina vocal de rock, melhor canção de rock por You Oughta Know, álbum do ano e melhor álbum de rock do ano), seis singles, uma legião de fãs, uma versão ao vivo do CD, em vídeo (Jagged Little Pill Live, que também lhe rendeu um Grammy) e quase 1 ano e meio de turnê (cerca de 160 apresentações). “No começo eu me senti empolgada, me divertia muito, era tudo uma grande aventura; depois eu comecei a me sentir triste, frustrada, confusa e me isolei (...) eu me afastei de todos, incluindo meus amigos minha família, porque essa foi a maneira que eu encontrei de sobreviver a isso. Todo mundo que eu conhecia queria alguma coisa de mim, fosse um autógrafo, minha atenção, meu dinheiro, ou meu apoio. Eu me afastei de todos de uma maneira autoprotetora, com um olhar pra baixo e o cabelo no rosto.”, conta a cantora. O fim da turnê de Jagged Little Pill, em dezembro de 1996, foi como uma morte. Ela finalmente poderia parar e ficar em silêncio. Mal compreendida até mesmo pelos seus fãs, ela não era a angry woman que todos imaginavam, e por isso pensou seriamente em nunca mais cantar, lançar um CD ou entrar em turnê, mas ao mesmo tempo não podia deixar de criar. Decidiu tirar um ano de férias, durante o qual fez triathlon e viajou. Foi para Índia, em Janeiro de 98, com amigas e sua mãe no que chamou de ‘goddess trip’, onde pôde experimentar o anonimato novamente. Conhecer aquela cultura diferente fez Alanis perceber que ela não precisava correr atrás da felicidade o tempo todo. Em Fevereiro de 98, fez outra viagem, dessa vez um intercâmbio cultural para Cuba, com vários outros artistas, incluindo Leonardo DiCaprio. Lá ela conheceu Dash Mihok, ator e amigo de DiCaprio, que se tornou seu namorado e a acompanhou durante três anos. O ano de 1998 foi musicalmente bastante proveitoso. Em Março, ela gravou Uninvited (assistir - youtube) para a trilha sonora do filme Cidade dos Anjos – que lhe rendeu 2 Grammys: melhor canção de rock e melhor performance vocal feminina de rock –, em Abril, gravou uma participação no álbum Before These Crowded Streets, de Dave Mathews Band, no qual faz backing vocal nas faixas Spoon e Don't Drink The Water. Já em Junho, participou do álbum Vertical Man, de Ringo Star, nas faixas Drift Away, I Was Walkin e Mindfield. Depois de experimentar viver a vida à sua maneira novamente, Alanis finalmente pôde fazer as pazes com seu passado, seus amigos, a família e a fama. O resultado disso foi o álbum Supposed Former Infatuation Junkie, lançado em Novembro do mesmo ano. Finalmente ela se sentia livre para compor, baseando-se em sentimentos que não a remetiam ao sofrimento. Ela – que havia compartilhado sua dor – agora também compartilhava sua paz. A maioria das músicas foi escrita em parceria com Glen, mas em algumas, Alanis trabalhou sozinha, mostrando seu aperfeiçoamento profissional. A experiência da primeira turnê fez com que ela gerenciasse melhor a segunda, reservando tempo para sua vida pessoal, mantendo sua saúde física e psicológica. O CD não fez o mesmo sucesso que o anterior. Muitos fãs não entenderam as mudanças nas músicas, não compreenderam que as canções vinham de alguém mais madura, sincera o suficiente para expressar o que era verdadeiro, independe do que fosse. Não perceberam que ela escrevia para si mesma, para se entender e não de acordo com a demanda, pois considerava compartilhar aquilo seu dever como artista. Posteriormente, Alanis disse que decidiu fazer de Supposed um álbum diferente, porque não queria sucumbir à pressão que sentia vindo de todos os lados, já que depois de fazer um dos álbuns mais vendidos da história, ela não podia ir até o mercado sem que alguém lhe perguntasse sobre quando lançaria um novo CD. Segundo Alanis, aquele foi seu grito de liberdade, sua maneira de levantar o dedo do meio para a pressão e dizer que podia compor da maneira que quisesse, sem ter que seguir a mesma fórmula de Jagged Little Pill, somente por ela ter feito sucesso. A turnê durou cerca de um ano, compreendendo a Club Tour, Junkie Tour e 5 ½ Weeks Tour (com Tori Amos). Durante o ano de 1999, Alanis também participou do álbum The Prayer Cycle, uma compilação de diversos artistas onde canta em húngaro (nas músicas Mercy e Faith) e em francês (nas músicas Hope e Innocence). Cedeu uma apresentação ao vivo para fazer parte da coletânea No Boundaries, em ajuda às vítimas da guerra do Kosovo. Também fez uma participação especial no filme Dogma, em que interpreta Deus, e aparecendo na trilha sonora com a música Still. No final de 1999, Alanis lançou o álbum MTV Unplugged, com algumas de suas músicas consagradas, um cover de King Of Pain, da banda The Police, a inédita Princes Familiar e os b-sides No Pressure Over Cappuccino (1996) e These R The Thoughts (1999). A versão deste CD de That I Would Be Good foi lançada como single e entrou para a trilha sonora da novela da Rede Globo, Suave Veneno. De acordo com a cantora, a letra desta música, que traz sentimentos de insegurança e dúvida, foi escrita durante uma fuga para o seu armário, enquanto havia uma festa na sua casa, em que estavam muitas pessoas. Desta vez o fim da turnê não foi um alívio, mas algo normal. Alanis pôde, logo em seguida, se voltar a outros projetos, como a peça The Vagina Monologues, uma comédia da Broadway já remontada em vários países. No ano 2000, Alanis se dedicou a tocar em lugares especiais. A One Tour incluiu Israel, Vaticano, Índia, Líbano, Croácia, Turquia, China. Em cada país ela conheceu um pouco da cultura local, passeando com um fã escolhido através de seu site. Participou também do programa Music In High Places, em que fez uma viagem para Navajo Nation, no Arizona, onde aprendeu sobre a cultura indígena e experimentou cantar sem grandes recursos eletrônicos. Este programa posteriormente foi lançado em DVD. No dia 25 de Junho do mesmo ano, foi ao ar um episódio do seriado Sex And The City, do qual Alanis participou. No episódio Boy, Girl, Boy, Girl...., Carrie (Sarah Jessica Parker) começa a sair com um homem assumidamente bissexual. Ele o leva a uma festa em que estão alguns amigos e eles fazem a brincadeira da garrafa, dizendo que as duas pessoas apontadas pelas extremidades deste objeto devem trocar um selinho. Quando Carrie saiu em uma extremidade era Alanis que estava na outra. Após algum tempo em férias, ela voltou a compor, mas dessa vez decidiu experimentar e gravar seu disco sozinha. O fim da parceria de sucesso que tinha com Glen Ballard foi encarado como mais um passo em seu amadurecimento profissional. Trabalhou por meses no estúdio que montou em sua própria casa e pôde participar de cada etapa da criação das novas músicas. No meio de 2001, o CD já estava pronto, mas os atritos com sua gravadora, a Maverick, a fizeram postergar o lançamento. Mesmo sem o álbum, Alanis começou a fazer shows, nos quais cantava algumas das novas músicas. Participou de eventos beneficentes e por ter seu nome ligado a causas humanitárias, foi agraciada com o “Global Tolerance Award”, concedido pela ONU. Neste mesmo ano, ela ainda gravou duas faixas para o CD Blowback de Tricky: Excess e Question, mas por exigência da gravadora, apenas a primeira chegou a ser lançada em CD. Fez também uma parceria com o cantor Ryan Adams, que resultou em alguns shows, uma participação na música 1974, além de receber dele uma homenagem. Ryan dedicou à Alanis uma música com o sugestivo título Desire. Devido aos ataques terroristas ao World Trade Center, em 11 de Setembro, a cantora cancelou um show que faria em Washington e disponibilizou em seu site oficial a canção inédita Utopia, que foi dedicada a todas as vítimas diretas ou indiretas da tragédia. Depois de ser sucessivamente adiado, o CD Under Rug Swept foi lançado em Fevereiro de 2002, trazendo Alanis em uma de suas melhores fases, já que não precisava mais provar sua capacidade ou responder a críticas. Ela finalmente percebeu que podia relaxar, se divertir e curtir seu trabalho. Entendeu que podia ser feminina, sem que tudo girasse em torno disso, já havia provado que tem talento o suficiente para usar um top, sem que por isso as pessoas deixassem de prestar atenção em suas palavras. Suas letras continuavam autobiográficas, um retrato de sua vida, na época em que foram escritas, como ela sempre diz. No entanto, nem tudo é apenas sobre relacionamentos. A partir deste CD, ela também se sentiu confortável a falar de questões maiores, com algumas letras um pouco mais politizadas. Musicalmente o álbum é diverso, tem elementos do pop, algumas baladas, mas não abandona as guitarras mais pesadas que identificam seu som. As imagens gravadas durante um show na Holanda, pela turnê "Toward Our Union Mended", que promoveu o Under Rug Swept, se transformou ainda em um DVD batizado de Feast On Scraps (Banquete de Restos), lançado em dezembro de 2002. O FOS, como ficou conhecido entre os fãs, trouxe ainda oito b-sides e uma versão acústica de Hands Clean, em um CD que acompanha o DVD. Em Julho de 2003, Alanis saiu em turnê pela Europa, durante a qual foi progressivamente cortando o cabelo, que começou o ano na cintura, e apresentando músicas que fariam parte do seu próximo CD, como 8 Easy Steps (assistir - youtube), Knees Of My Bees (assistir - youtube), Excuses (assistir - youtube) e This Grudge (assistir - youtube), que, como de costume, foram gravadas pelos fãs que iam aos shows e compartilhadas em fóruns de todo o mundo. Em Setembro de 2003, quando já tinha o cabelo acima do ombro, terminou a turnê na América Latina, fazendo três shows no Brasil: em Brasília, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Durante o show que tinha feito pouco tempo antes, no Peru, Alanis disse: “Thank You Much!”, mas um jornalista peruano entendeu como “Thank You, Brasil!” e publicou que ela havia se confundido. O fato ganhou muita repercussão na imprensa brasileira e foi ironizado pela cantora em entrevista coletiva, realizada em São Paulo, quando ela disse que não se lembrava de ter dito isto, pois estava bêbada. Durante sua passagem pelo Brasil, Alanis ainda gravou uma participação na novela da Rede Globo, Celebridade, como ela mesma (assistir - youtube). A novela também exibiu trechos de seu show no Rio de Janeiro. E este não foi o único papel interpretado por Alanis durante este ano, que ainda representou Sunny Jacobs, na peça da Broadway The Exonerated, que conta a história de vários ex-presidiários inocentados. Na vida real, Jacobs, ficou presa injustamente por 16 anos e atualmente realiza palestras sobre as atrocidades do sistema penal americano. Em abril de 2004, a cantora apresentou o Juno Awards, a maior premiação da música canadense. Durante a transmissão, Alanis fez um divertido tributo ao seu cabelo (assistir - youtube) e, em protesto à censura da palavra “asshole” na música Everything, primeiro single do CD So-Called Chaos, que seria lançado no mês seguinte, e satirizando o caso Janet Jackson (que causou polêmica nos EUA por mostrar os seios na TV), Alanis tirou a roupa que usava e exibiu um collant que imitava o corpo nu por baixo do vestido. Ela disse: “Não podemos mostrar o bico dos seios na TV, mas tenho orgulho de estar fazendo isso aqui. Vivemos numa terra onde ainda achamos o corpo humano bonito e não temos medo do seio feminino”. Dito isto, a cantora arrancou os seus mamilos e pelos pubianos falsos e comentou que tinha sido instruída a não mostrá-los de maneira alguma... (assistir - youtube) So-Called Chaos, que estava previsto para Dezembro de 2003, saiu apenas no dia 18 de Maio de 2004 e já estreiou em 5º lugar nas paradas americanas. Dessa vez, Alanis preferiu co-produzir o álbum com John Shanks (que já havia trabalhado com as cantoras Sheryl Crow e Pink). Ela gravou uma versão de Everything, trocando o verso inicial: “I can be an asshole of the grandest kind” (“Eu posso ser uma vadia da maior espécie”) em que substitui a palavra “asshole” (um palavrão, em inglês) por “nightmare” (pesadelo). Sobre o fato, Alanis afirmou em entrevista à MTV brasileira: “Não fui obrigada a fazer isso, mas pediram que eu trocasse a letra. No começo, fui bem resistente, mas, no fim, achei que talvez seria melhor escolher as minhas próprias batalhas... Não quero deixar de compartilhar a canção por algo que pode ou não fazer uma grande diferença”. No dia do lançamento do S-CC, o canal Oxygen fez o “Dia da Alanis”, com 8 horas da programação dedicados a ela, durante os quais a cantora promoveu seu novo álbum, em Nova York (assistir - youtube), e cantou músicas inusitadas no karaokê, como Dancing Queen (baixar - salvar destino como) do ABBA e Tainted Love, do Marilyn Manson.Novamente protestou contra a censura: já que todas as cenas eram exibidas com um delay de 2 segundos para evitar que fossem ao ar conteúdo indevido, Alanis testou o controle mostrando os seios, falando palavrão e simulando sexo com seu namorado da época, Ryan Reynolds. (assistir - youtube) Tudo, infelizmente, foi devidamente censurado. Neste CD, novamente a cantora assina todas as composições sozinha. As letras continuam bastante confessionais, embora evidenciem uma Alanis bem mais madura e sarcástica que nos discos anteriores. Musicalmente falando, So-Called Chaos segue a linha dos antigos trabalhos, existindo apenas um uso mais acentuado de teclados e até mesmo um pequeno toque de experimentalismo (como a cítara em Knees Of My Bees, música composta exaltando as qualidades de Ryan). O CD ainda conta com uma faixa interativa, que traz os bastidores da gravação, performances ao vivo de Eight Easy Steps e Excuses, durante um show gravado para a AOL e também uma versão acústica de This Grudge, gravada em Vancouver junto com algumas outras músicas, que foram lançadas nos CDs single do S-CC e estão disponíveis para download no mediacenter (acessar). No Brasil, graças a uma jogada de marketing da Warner, a música Offer, originalmente lançada no Feast On Scraps, por ter sido tema da novela Celebridade e tendo feito muito sucesso nas rádios brasileiras, veio como bonus-track no S-CC. Em Junho, foi noticiado o noivado da Alanis com o ator Ryan Reynolds (que pode ser visto em filmes como Blade Trinity, O Dono Da Festa e também no remake de Horror Em Amityville). Essa revelação foi feita por Georgia Morissette, mãe da cantora, em uma entrevista. No meio de 2004, Alanis também deu uma entrevista a um jornal britânico discutindo suas experiências homossexuais (ela disse já ter tido uma relação completa com uma mulher), ter saído com um cara de 29 anos quando tinha apenas 14 e sobre sua experiência com drogas: “Meus vícios eram trabalho e comida. Eu fumei maconha por um tempo, mas eu gosto muito de autocontrole para ser uma drogada”. A cantora continuou investindo no seu lado dramático. Em Julho, foi lançado o filme De-Lovely (assistir - youtube), cinebiografia do cantor Cole Porter, em que ela interpreta um papel pequeno como uma cantora anônima. Ainda fez uma versão de Let’s Do It (Let’s Fall In Love) para este filme. Em Outubro, ela participou do seriadoAmerican Dreams, exibido no Brasil pelo canal Sony, em que interpretou uma cantora folk dos anos 60. Já em Fevereiro de 2005, Alanis surgiu com novos planos para a TV. A cantora gravou sua participação em três episódios da novela canadense Degrassi - The Next Generation (youtube - assistir). Alanis também fez uma ponta em Apenas Amigos (youtube - assistir), filme protagonizado por Ryan Reynolds, mas sua cena acabou não fazendo parte do corte final. Durante uma conversa com o amigo Brian Blondell, ela teve a idéia de fazer uma espécie de reality show para o canal americano Comedy Central. No programa, que se chamaria We're With The Band, Alanis encenaria algumas situações engraçadas e inusitadas pelas quais passou na vida real. Ela acabou desistindo quando o projeto se transformou "em algo bastante formal, com várias pessoas da emissora palpitando", segundo sua própria definição. Ainda em Fevereiro, a agência de notícias Associated Press divulgou nota afirmando que a cantora canadense finalmente havia conseguido sua cidadania americana. Alanis conta que ficou feliz com a notícia, mas deixou claro que nunca abandonará o seu país natal. No mês seguinte, saiu a notícia de que a cantora pretendia regravar o aclamado Jagged Little Pill em formato acústico, em homenagem ao aniversário de 10 anos do lançamento do disco em 2005. No início de Junho, poucos dias após comemorar o seu próprio aniversário, Alanis ganhou uma estrela na Calçada da Fama canadense, em Toronto, e apareceu na cerimônia com um novo look: agora ela tinha uma mecha loira. Durante o evento, o produtor Daniel Lanois (que já trabalhou com o U2) e o ator Kiefer Sutherland, da série 24 Horas, também foram agraciados com a mesma honraria. Em Jagged Little Pill Acoustic, seu segundo CD desplugado, ela se uniu novamente à Glen Ballard - produtor e co-autor do disco original - e ambos regravam o álbum inteiro. A ordem das canções permaneceu a mesma. Alanis lançouHand In My Pocket como single (assistir - youtube) e fez uma rápida turnê pelos Estados Unidos para divulgar este CD e todos os show foram abertos por Your House. Ela cantou não só músicas do JLP, mas também algumas pouco tocadas ao vivo, como Too Hot, do início de sua carreira. A opinião da mídia especializada a respeito de sua nova empreitada não foi nada favorável, classificando-a como oportunista. O jornal O Globo chegou a dizer que nem um CD do Alexandre Pires seria tão burocrático. Graças a um contrato de exclusividade com a rede de cafeteria Starbucks, o JLPA foi lançado seis semanas antes de aparecer nas lojas de discos convencionais. As grandes redes especializadas não gostaram nada dessa preferência dada à Starbucks e simplesmente boicotaram o novo álbum da cantora. Em um depoimento ao jornal Boston Herald, Alanis disse que não imaginava que esse contrato de exclusividade causaria tantos problemas. Neste ano, ela também celebrou seus 10 anos de sucesso, lançando, no dia 15 de Novembro, The Collection, que contém não só os seus maiores sucessos, mas também músicas gravadas para a trilha sonora de Cidade dos Anjos, De-Lovely, Dogma e uma de suas participações no The Prayer Circle (Mercy). Este CD inclui também a versão que ela fez para Crazy, do cantor Seal, que virou single e ganhou um polêmico clipe (assistir - youtube). Nos EUA e na Europa foi lançado também uma versão especial deste álbum que, além do CD, inclui um DVD com um documentário de uma hora, em que Alanis faz uma análise de sua carreira até então e compartilha vídeos inéditos, como o clipe, que ela mesma dirigiu, para Joining You, do Supposed. Em 2005, Alanis ainda escreveu e gravou Wunderkind (assistir - youtube) para a trilha sonora do filme infantil As Crônicas de Nárnia - O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa. Ela se inspirou depois de assistir a um primeiro corte do filme. De acordo com ela, a música pareceu flutuar e tocá-la profundamente. Alanis escreveu a música na sexta, gravou no sábado e entregou no domingo. Ela é escrita pelo ponto de vista da personagem Lucy Pevensie e a descreve como uma princesa no caminho para o seu trono. Wunderkind fez Alanis ir pela primeira vez ao Globo de Ouro, mas perdeu para uma música escrita para o filme Brokeback Mountain. Wunderkind foi lançada como single em algumas partes da Ásia, no início de 2006, e chegou a entrar no Tokio Hot 100 e a ser a música mais executada em uma rádio das Filipinas. Já 2006, foi o primeiro ano na carreira musical da Alanis em que ela não apareceu em um só show para apresentar suas próprias músicas, à exceção de uma apresentação no The Tonight Show with Jay Leno, em Janeiro, onde ela tocou Wunderkind com os cabelos tingidos de loiro. Em Fevereiro, já com o cabelo novamente castanho, ela fez um dueto com Kristin Chenoweth cantando For Good (baixar - salvar destino como). Alanis, durante este ano, investiu em sua carreira de atriz interpretando papéis diversos: em Londres, voltou a fazer a peça The Exonerated, participou da série Lovespring International como uma sem-teto e de alguns episódios de Nip/Tuck, como uma anestesista lésbica com um corpo totalmente em forma, mas que tem um comportamento ambíguo em relação à estética de sua namorada. (assistir - youtube) Em Fevereiro de 2007, a assessoria de imprensa de Alanis e Ryan lançaram nota dizendo que o noivado chegava ao fim, depois de quase 3 anos. No dia 1º de Abril, Alanis lançou a maior piada do dia da mentira deste ano, no YouTube. Um vídeo em que aparece dançando de maneira provocante, cercada por homens, acompanhada de uma inacreditável versão piano e voz para My Humps (assistir - youtube), do grupo Black Eyed Peas. Muito se teorizou a respeito do motivo que levou Alanis a fazer esta versão tão inusitada, por exemplo, enquanto a Fergie parece perguntar “o que você vai fazer com estas curvas?” com um tom orgulhoso, a Alanis demonstra um ar melancólico, ressentido. Mas, segundo a própria cantora, ela quis fazer uma brincadeira e declarou sentir vontade de escrever uma música leve como My Humps, mas sempre acaba falando sobre assuntos profundos. Seja como for, Fergie pareceu gostar da homenagem, pois enviou flores e um bolo em formato de bunda para Alanis. "Eu literalmente pensei que uns 500 amigos e fãs iriam dar uma olhada se desse na telha" ela disse. "Não tinha idéia de que iria virar o que virou. Quando eu penso que ninguém vai dar a mínima a algo que eu fiz, às vezes, as pessoas se interessam. E vice e versa.”, declarou. Bem mais de 500 pessoas se interessaram pelo vídeo que, na semana de lançamento, foi o mais assistido do site e desde então já foi acessado por quase 13 milhões de pessoas. Para se ter uma idéia, o clipe original desta música foi assistido pouco mais de 1,6 milhões de vezes e o segundo vídeo de Alanis mais acessado no YouTube, é Ironic, que teve 3 milhões de acessos. No dia 24 de Abril, Alanis participou do show do The Nightwatchman, alterego do cantor Tom Morello do Rage Against the Machine e do Audioslave, num hotel em Los Angeles. Lá, ela fez um cover de Guerilla Radio (assistir - youtube), música da banda do anfitrião e anunciou estar “seqüestrada entre Londres e Los Angeles” com o produtor Guy Sigsworth escrevendo várias novas canções. Acompanhada por Guy no piano, Alanis tocou pela primeira vez uma música do CD que viria a chamar Flavors Of Entanglement, Not As We (assistir - youtube). No dia 15 de Setembro, também em Los Angeles, Alanis venceu o Elevate Film Festival, com o clipe de Underneath (assistir - youtube). O propósito do festival era criar documentários, clipes musicais, narrativas em relação a assuntos que aumentem o nível da consciência humana na terra. Alanis mandou a música, que reflete sobre um pensamento de Mahatma Gandhi ("Você tem que ser a mudança que quer ver no mundo"), e eles, assim como fizeram com mais 14 músicas, planejaram o clipe, dirigiram, filmaram e editaram em apenas dois dias. Ele foi lançado na internet em Janeiro de 2008. Em Outubro de 2007, Alanis começou as filmagens da sua investida na carreira de atriz mais ousada. Ela será Silvia, a protagonista da adaptação cinematográfica de Radio Free Albemuth, do autor Philip K. Dick. Silvia é uma mulher comum, que é vista por um executivo de uma gravadora, chamado Nick, em uma visão com uma cantora fantástica. A visão leva Silvia a ser contratada como secretária por Nick e os dois se apaixonam e começam a compartilhar espiritualidade e visões. O lançamento do filme está previsto para o dia 11 de Junho de 2008. Do dia 25 de Janeiro ao dia 18 de Março de 2008, Alanis abriu 27 shows para a banda Matchbox 20, que fazia a turnê Exile In América (um trocadilho com o nome da banda: Exile On Mainstream). Ao longo desses shows, Alanis relembrou grandes sucessos, mostrou ao vivo sua versão de My Humps (assistir - youtube), enquanto era presenteada por membros da banda com jóias e dinheiro. Ela apresentou cinco músicas de Flavors Of Entanglement: Moratorium (assistir - youtube), Citizen Of The Planet (assistir - youtube), Versions Of Violence (assistir - youtube), Tapes (assistir - youtube) e Torch (assistir - youtube). O lançamento do single de Underneath está previsto para o dia 25 de Março e, no dia primeiro deste mês, Alanis lançou uma contagem regressiva para o dia do lançamento do CD, dia 20 de Maio. Isso 4 anos depois do seu último disco de inéditas, So-Called Chaos. "Eu precisava de uma pausa," ela diz. "Eu basicamente saí do radar, passei um tempo nas ilhas Fiji, descomprimi. Eu estava ficando um pouco cansada, e me voltando para pequenos problemas pessoais também, por que eles precisavam de atenção no momento”, declarou ela, se referindo ao seu ex-noivo Ryan Reynolds. “De novo, este será um álbum muito pessoal baseado nas experiências de vida e relacionamentos da cantora, mas ela não é mais a adolescente que era quando começou sua carreira. Agora, ela tem uma perspectiva totalmente nova e eu tenho certeza que as faixas refletem isso”, afirmou um integrante de sua equipe. Segundo Alanis, ele junta os interesses musicais que lhe chamaram atenção nos últimos anos. "Geralmente eu escrevo em retrospecto, mas agora eu escrevi em tempo real. Este álbum me ajudou a atravessar momentos frágeis. Cada música foi como um barco", explica. “Escrever sobre minhas próprias relações é minha coisa favorita. Acho que poderia ter tornado tudo neste disco ficção, mas não seria divertido para mim”, disse. "No final, esses dilemas pessoais são políticos. Nossas emoções se alinham com coisas maiores no mundo. Enfrentamos uma guerra lá fora, mas o disco reflete a guerra que as pessoas experimentam nos seus quartos. O silêncio gelado de casa contra a grande guerra fria”, filosofa. Este sétimo álbum de estúdio tem uma sonoridade mais dançante do que seus trabalhos anteriores. De acordo com ela, essa é uma característica do trabalho ao lado de Guy Sigsworth, integrante do Frou Frou que já produziu artistas como Seal, Bjork e Madonna. “Amo dançar, então há muitos loops e batidas neste disco para você dançar até cansar”, explicou a cantora em entrevista. Ele traz músicas como Straitjacket, Citizen Of The Planet, faixa que mistura cordas, percussão oriental e beats eletrônicos narrando poeticamente sua vida, Version Of Violence, uma chocante desconstrução do comportamento humano, Moratorium, que, segundo Morissette, é "essencialmente uma música sobre a minha decisão de parar de repetir padrões equivocados. Eu me livrei de alguns desses padrões", In Praise Of The Vulnerable Man, a empolgada liberdade de Giggling Again For Not Good Reason e fecha o pacote com o vôo da fênix, Incomplete. Alanis também gravou para este CD I Am, It's A Bitch To Grow Up, Limbo No More, Madness, On The Tequila, Orchid e Wounded Leading Wounded (esta última foi escrita originalmente para o Under Rug Swept, mas foi abandonada e Guy Sigsworth e Alanis a trouxeram de volta para este álbum). Aos 33 anos, a cantora buscou um disco que juntasse diferentes interesses musicais, "uma combinação de tudo". "É a primeira vez desde os meus 16 que eu tenho um garoto fazendo voz de fundo num álbum. Finalmente estou dando uma chance para eles", declarou. E então a provocativa Alanis Morissette que tantos perseguem está de volta. Mas ela ainda é assunto? Na verdade, uma maneira melhor de perguntá-la isso é "Ela se importa se ainda é assunto?" por que ela nunca olhou pra sua música como uma comodidade. Para ela, é terapia – compartilhar sua fraqueza é o que dá a ela mais força – um dom. "Me mantém alinhada com quem eu sou realmente," ela diz. "Quando eu não falo minha verdade pessoal, eu fico deprimida. Não acredito na verdade objetiva, e ser capaz de expressar minha versão da verdade é muito energizante. Eu sempre me considerei uma pessoa que destila as coisas. Acho que o maior presente que eu posso oferecer aos meus amigos e aqueles que amo é clarificar pensamentos complexos em uma afirmação manejável. Sou muito feliz que fui capaz de fazer isto para viver." Mais de uma década se passou desde o furacão e Alanis pode dizer que sobreviveu intacta. Depois de suas performances profundamente expressivas merecerem vastos elogios da crítica, de lançar 9 CDs, 5 DVDs, 31 singles, de receber mais de 50 indicações a prêmios, ganhando 22 vezes, 7 Grammys entre elas, participar de 3 trilhas sonoras, colaborar com Ringo Starr, Dave Matthews Band, fazer 21 trabalhos como atriz, incluindo 4 no cinema e 2 no teatro, 13 turnês, um web hit e mais de 100 músicas, de vender mais de 40 milhões de discos e conquistar uma multidão de fãs espalhada pelo mundo, ela se tornou uma das cantoras e compositoras mais influentes da música contemporânea, mas o sucesso não conseguiu calá-la e a honestidade, a transparência, e a autenticidade continuam sendo seu fio condutor, por meio do qual ela encontra sua paz interior.
Texto: Ariadne Natal e Lucas Prado Mattos

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